terça-feira, 1 de abril de 2014

O sonho não acabou

Há alguns meses, Frei Betto passou o rolo compressor por cima da história ao atribuir ao capitalismo a origem de todos males presentes na terra. Segundo o arauto do socialismo, em seu artigo publicado no jornal carioca O DIA, o neoliberalismo seria a causa do surgimento das drogas, da pobreza e da prostituição, ignorando o fato de que  a satisfação por tais vícios parte da iniciativa de seus adeptos, algo que não tem relação direta com um determinado modelo econômico. E quanto à pobreza, existem fatores responsáveis pelo alastramento da miséria e pela sua constância ao longo do tempo, que atuam em conjunto ou isoladamente uns dos outros.

No entanto, simplesmente dizer que o neoliberalismo implica em alastramento da miséria é uma forma um tanto reducionista da análise da realidade, ignorando as experiências concretas ligadas à pobreza, ao mesmo tempo em que se tenta esvaziar qualquer debate que discuta seriamente o assunto. 
Como se não bastasse cultuar o desastre do passado, Frei Betto afirma em seu artigo que o modelo de ensino básico está arruinado. Não devido à falta de investimentos, mas sim devido ao estímulo que os alunos recebem para perseguirem seus interesses pessoais. Que interesses seriam estes? Aquilo que nos tira da cama às seis da manhã: boa remuneração! Coisa que todos nós perseguimos, independentemente de ideologia. Novamente, o Frei comete outro reducionismo. As pessoas não se qualificam movidas por ideologias. Elas o fazem guiadas pelo objetivo de atenderem seus interesses imediatos, ao perceberem que uma boa qualificação potencializa a chance de bons empregos. 
Não satisfeito com a realidade (ou inconformado com a derrota do socialismo), Frei Betto sugere que o professor seja um profissional dotado de obrigações que extrapole sua atribuição de educador. Caberia ao docente impor um modelo de felicidade ao aluno, de modo a tentar ''preservá-lo'' das ambições que supostamente são estimuladas pelo pensamento neoliberal. Em outras palavras, o professor deixaria de se preocupar com a formação intelectual e ficaria restrito a priorizar uma mentalidade baseada em suprimir a possibilidade do aluno tomar decisões de que guiem o curso de sua vida. É típico do socialistas acreditarem que a mola propulsora do progresso humano reside em depositar no Estado forte, intervencionista e totalitário, um planejamento central direcionado por um bando de tecnocratas que se arrogam à pretensão de achar que podem cuidar melhor das demandas individuais das pessoas do que elas mesmas. Tal invasão nas vida privadas das pessoas implica pagar um preço alto demais: a eliminação progressiva dos direitos individuais, de modo que toda e qualquer deliberação advinda do campo da ação humana esteja submetida a um Estado que deteria o monopólio da noção do bem geral, a ponto de decidir o que lícito ou não para cada indivíduo, destruindo a livre iniciativa, a criatividade e a responsabilidade individual.
 Este é o cerne do pensamento de Frei Betto. A ideologia socialista  ganha contornos de redenção para ''um novo céu e uma nova terra''. No entanto, não custa perguntar: se o socialismo foi um paraíso na terra, como muitos teimam em querer acreditar, porque milhões de pessoas morreram?
Porque houve tanta miséria nos países onde o modelo socialista  se concretizou? Se o neoliberalismo é algo tão nefasto, onde estão os cadáveres das duas oferendas? 
Aviso aos navegantes: as armas mas recorrentes usas pelos socialistas/comunistas, quando se trata de propor uma solução para acabar com os  problemas da humanidade, são a hipocrisia, o revisionismo histórico e a necessidade de autoafirmação ideológica. 
Fiquemos atentos.
Por: Anderson Pimentel

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