quarta-feira, 6 de novembro de 2013

4 de novembro de 1969

Preso em 1964 por agentes do DOPS, reza a lenda que Carlos Marighella, 52 anos, enfrentou sozinho e desarmado ao menos 14 policiais, todos mais jovens que ele. Sendo que, estava, Marighella ferido por um tiro disparado à queima-roupa em seu peito. Trata-se de mais uma das falácias que a esquerda tenta empurrar sobre um homem que perdeu todas as batalhas que travou na vida. O baiano Carlos Marighella foi a mistura de um italiano com uma negra, filha de escravos. 
   Desde os anos 30 a causa comunista fez-lhe a cabeça e ao mesmo tempo, escrevia poemas. Ninguém os lia, quando, enfim, foi lido e a resposta da crítica foi imediata: a prisão. Solto, não tardou a ser preso novamente, dessa vez pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, soube então, o que era a tortura. Caiu em 1939 mais uma vez nas mãos do Estado. Era dos líderes comunistas, um dos mais experimentados e, ainda assim, fora preso pela 3ª vez em 7 anos. Se ele era o bom deles, imaginem ai a competência dos que eram bons. Era na mão dessa canalhada que teria ficado o Brasil, caso Marighella e Prestes tivessem triunfado algum dia. Mas, assim como o mito de Luiz Carlos Prestes sobrevivia a cada queda sua, a cada derrota, sobrevivia o mito do baiano viril e amigo do povo. 
   Serve o mito a mística do homem de esquerda disposto a sacrificar a própria vida e a de seus amigos e familiares em nome da causa. Serve a mentira aos derrotados. Marighella era um perdedor. Quando o mundo comunista assistia a denuncia stalinista, Marighella se fez de rogado, seguiu seu pensamento esquerdista, foi expulso do PCB pelo seu ex-chefe, Prestes, caiu na clandestinidade de vez e passou a ser o que verdadeiramente sempre foi: o agitador barato de uma luta perdida, em nome de um mote assassino, o comunismo. Não se sabe quantos, ou se matou alguém. Pode ter sido um radical só de boca. Pouco provável, mas possível. Sua biografia não é reveladora nessa questão - O premiado documentário que leva seu nome tão pouco. 
   Os registros militares da época nada revelam. O homem assinou "Por que resisti a prisão" - uma aclamação a si próprio - "Algumas questões sobre a guerrilha no Brasil" - uma ode a Che Guevara e o "Mini manual do guerrilheiro urbano" - uma ode ao assassinato (...) 
"Aqueles que vão à polícia por sua própria vontade fazer denúncias e acusações, aqueles que suprem a polícia com pistas e informações e apontam a gente, também devem ser executados quando são pegos pela guerrilha." ou "O objeto principal da tática de emboscada é de capturar as armas e castigá-los com a morte.
Nota-se que era um camarada da melhor qualidade. Sem dar tantas voltas assim, a vida de Marighella foi extinta graças à delação de companheiros de ideologia, frades dominicanos a quem, ou devotou confiança excessiva ou fez de caminho para a morte anunciada. Num 4 de novembro de 1969, que na última segunda-feira fez 44 anos, foi morto pelas mãos do delegado Sergio Fleury, figura malquista até mesmo entre seus pares. Na Alameda Casa Branca, São Paulo, dois sujeitos que abastardaram ideologias para perpetrarem o crime, se encontraram. Nesse encontro, Marighella deixou de ser um protótipo de sociopata para ser a história de rodapé dos anos 60. Perdeu pela última vez.
Por: Gabriel Amaral 

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